Algumas publicações, como jornais e revistas, divulgaram, há alguns anos, que a profissão contábil estava em baixa e que teria sérias dificuldades para continuar existindo em breve, devido ao avanço da automação empresarial e da inteligência artificial. Entretanto, esta afirmação é um equívoco, pois não leva em consideração a importância do conhecimento técnico e da capacidade de interpretação e avaliação de fatos e situações por parte dos profissionais de contabilidade. As máquinas e sistemas inteligentes são programados para facilitar os controles e agilizar a guarda e a obtenção de informações na empresa ou instituição, mas a parte inteligente e criativa cabe às pessoas, inclusive aos profissionais contábeis.
Não só a profissão contábil, mas também outras áreas, como medicina, engenharia, desenho e vendas, não serão substituídas pelos computadores e pela inteligência artificial. Os computadores e sistemas são avanços em todas as áreas, mas no sentido de facilitar o trabalho e não de substituir a presença humana. A decisão sobre o que fazer a partir de determinado diagnóstico, por exemplo, cabe a um especialista médico.
Embora a tecnologia tenha avançado bastante e esteja presente em muitos ambientes, a presença das pessoas é sempre indispensável. O que mudou na vida das organizações foi a forma de executar tarefas, ou seja, algumas atividades que eram feitas manualmente ou mecanicamente passaram a ser desenvolvidas por meio de sistemas inteligentes, como a automação empresarial. Mas isso não significa que as máquinas substituirão as pessoas em todas as atividades, especialmente aquelas que exigem criatividade e interpretação.
Em suma, a profissão contábil e outras profissões com formação técnica específica não estão em risco de extinção, pois a inteligência artificial e a automação empresarial são ferramentas que auxiliam o trabalho, mas não substituem a capacidade humana de interpretar, avaliar e tomar decisões. A presença das pessoas continuará sendo fundamental em todas as áreas.