O dress code, também conhecido como código de vestimenta, é um guia utilizado por empresas para ditar como os funcionários devem se vestir em um ambiente de trabalho e pode variar de negócio para negócio.
Nos últimos anos, a flexibilização deste código tem se tornado tendência entre vários setores e significa um grande marco na mudança do relacionamento entre empregado e empregador.
Porém, quais são as consequências de um código de vestimenta flexibilizado ou até mesmo sua abolição?
Tudo depende do estilo de negócio e de como o código de vestimenta é adotado. Em fevereiro deste ano (2017), a IBM Brasil, uma empresa de tecnologia voltada à área de informática, aboliu seu código de vestimenta e o fez através de um vídeo divertido e informativo para seus funcionários. A atitude da IBM reflete o posicionamento da marca em seus vários escritórios pelo mundo e este comportamento está se tornando tendência.
Empresas de tecnologia e outras áreas inseridas dentro das Indústrias Criativas – modelos de negócios fundados na criatividade, capacidade e talento individuais que potencializam a produção de capital intelectual, conhecimento e cultura, incentivando a sustentabilidade social, ecológica, econômica, etc. – apostam nessa quebra de padrões tradicionais por alguns motivos:
- Aumentar a produtividade da equipe
- Respeitar a individualidade de cada funcionário
- Prezar por conforto e comodidade
- Incentivar a criatividade
- Aproximar a equipe: empregadores e empregados
Especialistas em gestão confirmam os benefícios: funcionários confortáveis em seu ambiente de trabalho rendem mais, são mais satisfeitos com suas tarefas, se expressam melhor e estão mais próximos de seus superiores, que também adotam a tendência dentro das empresas.
Muitas destas mudanças acontecem pelo fator de conscientização humana dentro do ambiente de trabalho, e também devido à nova geração que entra no mercado. Diferente de sua antecessora, que se “moldava” ao ambiente, essa geração de profissionais espera que o ambiente se molde à suas necessidades.
O uniforme como ferramenta de marketing
Ao mesmo tempo em que a liberdade de escolha pode ser positiva, existem situações em que a falta de uniforme ou padrão de vestimenta pode atrapalhar, como é o caso de lojas que recebem um grande fluxo de clientes. Neste locais, sem uma vestimenta que diferencie os funcionários, o atendimento fica comprometido.
Além disso, tudo deve se adequar ao estilo do trabalho: um escritório de direito vai exigir o uso de terno e gravata, uma vez que ninguém espera marcar uma hora com um advogado que atende de bermuda, porém, as condições podem ser flexíveis dentro do escritório, como o uso de sapatos mais confortáveis e até a aderência de um estilo esporte fino para o dia a dia sem audiências ou grandes reuniões.
Os departamentos de marketing passam horas desenvolvendo roupas que transmitam a essência da empresa, utilizadas estrategicamente para a comunicação interna e externamente e muitas dúvidas podem surgir na hora de aderir ao padrão de vestimenta. O segredo mesmo é chegar ao meio termo entre empresa e funcionários.
Identificou que seu negócio precisa de um uniforme? Converse com seus funcionários e definam juntos os tecidos, cores, formatos e a própria necessidade de um uniforme completo. Muitas vezes, apenas a camiseta basta, ainda mais em cidades muito quentes.
Caso opte por aderir à tendência, lembre-se de conversar com seus funcionários sobre a importância do “bom-senso” e da adequação de cada um dentro do ambiente de trabalho, esta pode ser uma experiência positiva para ambos.